27 de outubro de 2010

Brasil, vai que eu tô te vendo

Eu tentei não falar sobre, mas é muito maior que eu.

Estava me abstendo de comentários por ai. Nas rodinhas de conversa me retirava quando o assunto planava temas espinhosos e fiquei longe daqueles ativistas do twitter cuja militância ardilosa é o número do candidato escancarado no avatar.

Dando um jeito no cigarro e na bebida, sendo otimista e contando com os avanços da medicina devo durar mais umas 14 eleições presidenciais. É melhor pegar o jeito da coisa logo.

E, se você perde algum tempo vendo propaganda eleitoral deve saber que o programa eleitoral não é para você, não é pra mim e nem pro seu chefe. Aqueles minutos todos no rádio e na TV são exclusivos para uma única camada da sociedade, os pobrinhos.

Enfim, desculpem-me a falta de sensibilidade e o pedantismo, mas...


Brasil, você é burro? Não, é sério, olha pra mim, CÊ É BURRO?

COPIIAAA A CHINAAA IMBECILLL!!111

Ninguém duvida que a educação é a chave do sucesso. O que é essa porra de bolsa escola? Com essa bosta do ensino brasileiro? Professor ganhando merreca por mês! Sala de aula sem carteira! Acorda Brasil! Um deputado custa pra gente R$ 102,3 mil todo mês, e um aluno? Quanto custa? Os R$ 45 dados pelo governo de bolsa escola?

Entrei no site dos presidenciáveis e conferi as propostas para a educação. Não conferi nada. Não conferi porque eles não têm planos nenhum. No Dilma.br as propostas são sugestões dadas por internautas oi



E no site do Serra eu não consegui sair da homepage porque tipo, não tem essa opção.



Brasil,Vai que eu to te vendo

2 de setembro de 2010

Metrô

Se você anda de ônibus regulamente, com certeza acredita que o Brasil está no mesmo nível que o Senegal.

Frota reduzida, ônibus lotado, passagem que não condiz com o serviço... Enfim, é tudo uma merda.
Eu também já fui assim, totalmente descrente na humanidade. É sério. Pensava em me matar dia sim dia não. Quando entrava no ônibus tinha vontade de desmaiar. Era meu corpo me avisando que daquele jeito não dava pra ficar.

Foi então que conheci o metrô.

Na primeira vez que resolvi andar em um, uma amiga de sacanagem me disse que eu precisaria dar sinal. Lá estava eu na estação esticando a braço quando o metro despontou.

Depois peguei o jeito da coisa. Chego na estação e me posiciono onde sei que meu vagão favorito para. Quem me viu e quem me vê.

A rapidez é a coisa mais impressionante. Não sei você, mas chegar no meu estágio em 10 min sempre foi o meu propósito de vida.

Mas me descobri meio neurótica desde que passei a usar esse transporte de 1° mundo.

Sempre acho que alguém não vai consegui entrar no vagão a tempo e vai ficar preso naquelas portas automáticas. Morro de medo daquelas portas automáticas.
Quando a Gabi andou comigo pela primeira vez uma das minhas duvidas era se alguém já tinha ficado enganchado naquele negócio, ela com a naturalidade de quem passa a mão nos cabelos, disse: Rola sempre.

Desde esse “Rola Sempre” não sou a mesma. Sempre a espera, sempre alerta...

Mesmo assim, ser neurótica só 10 min eu supero.

27 de agosto de 2010

Sobre Bunda, Jedi e o planeta Fennis

Você conhece a história do planeta Fennis?

Reprodução assexuada, nada de menstruação, muito glamour, tudo muito bom, tudo muito lindo. Em Fennis só existem mulheres.

Você pode estar questionando minha opção sexual, mas é que partilhar um mundo de futilidades e interesses me parece promissor.

Porém, a primeira briga rompeu o acordo selado de paz.

A causadora da briga, a mulher A, começou o desentendimento ao perceber que outra moça tinha passado na sua frente na fila da loja.

Pronto. Em um mundo só de mulheres isso já é um intento para uma guerra mundial.
Então, para salvar o mundo Fennis da desgraça eterna, um cavaleiro Jedi ofereceu um acordo:

"Se vocês,mulheres de Fennis,desistirem da guerra,concederei o poder da magreza a todas!"

Naquela tarde as mulheres do planeta Fennis cessaram a guerra.

Não é exagero meu pensar que um mundo sem gorduras localizadas e pernas bem torneadas é um lugar de paz.

Enfim, há uns anos venho relutando em me matricular em uma academia.
Não tenho tempo, não tenho grana, zero disposição... Só que minhas desculpas acabaram e eu me matriculei em uma.

Como tento retirar o máximo de experiências antropológica das minhas experiências, reparei bem o lugar.

As pessoas entrem com um único objetivo: alcançar seus objetivos.
E é fácil sacar logo de cara. Homens querem músculos, meninos adolescentes querem mais músculos, Velhos querem, sei lá, saúde.

Para mulheres, a multiplicidade, endurecer, definir, reduzir. Parece até um mantra. E é.

Eu sempre ouvi falar que exercícios viciavam, nunca acreditei.

Como minha bunda me ajudou a entender o mundo

Fazia 30 min. de esteira, quando acabava a serie saia com a bunda formigando. Essa é a sensação. Adorava sentir isso, é sinal de resultado. Gosto de coisa efetiva.

Um dia, sem nada pra fazer resolvi andar 1:40 h. Eu estava muito atoa mesmo. Quando terminei a serie minha bunda parecia dar sinais de vida própria, ela ia explodir, eu pensava.

O que era aquele leve formigamento perto dessa explosão de resultado?

Viciei na tal da esteira. Hoje posso dizer que estou limpa há dois dias.
Não fui na academia ontem nem anteontem por falta de tempo, mas já sinto sinais da abstinência.

E, se for parar para pensar bem, a academia é um lugar muito maluco. Cheio de gente estranha,viciada em formigamentos na bunda, disposta a usar qualquer aparelho maluco, com forma estranha, ouvindo músicas que não curte, ou curte, mas nem presta atenção porque o negócio lá é só um,resultado.

Então, não importa se você está igual um imbecil carregando um peso de um mastodonte, ou andando em bicicletas e esteiras que não levam a lugar algum, ou ainda, sei lá, pedalando igual uma louca ao som da Perlla na aula de spinning,porque o que vale de verdade, de verdade mesmo, é a bunda formigando no final,e isso meu amigo, não tem preço!

20 de agosto de 2010

Como papai noel mudou minha vida

Não sei ao certo quando é que comecei a acreditar nesse negócio de deus, Jesus e bíblia.

Eu achava que o papai Noel era tipo um parente de Deus, e como acreditava cegamente em papai Noel – graças a rede de mentiras que minha família me envolveu por anos, tinha que acreditar no seu primo, o deus.
Essa ligação de parentesco era a comprovação para mim de que deus realmente existia.

Sair pelo mundo num trenó distribuindo presentes de graça para todas as crianças da terra é revolucionário.Altruísmo comove. Sempre preferi papai Noel.

Perto de papai Noel deus foi só o cara que criou o mundo em 7 dias. Papai Noel faria isso mais rápido.

Enfim, cresci e como uma punhalada de katana recebi a noticia: papai Noel não existe.

Meu mundo caiu. Porque ser boa? Porque comer legumes? No fim do ano isso não valia de nada...Ninguém me vigiava mais, eu era um carro desgovernado...Era questão de tempo até que eu virassa uma criança rebelde.

Se não tinha o que queria, chorava, berrava, caia no chão, esperneava.
Era cada um por si.
Se tinha a oportunidade de ganhar algo me agarrava as possibilidades. Literalmente.
Uma vez minha mãe saiu da loja e me deixou lá, agarrada a uma bicicleta. Só não morri de fome pela caridade dos passantes.

Naquele dia não ganhei a bicicleta. Não ganhei nada. Papai Noel foi se tornando uma lembrança cada vez mais presente em minha cabeça. E, novamente, era só uma questão de tempo para que aquele amor puro, juvenil e terno se transformasse em ódio e uma sede incontrolável de vingança.

Tinha que dar um jeito. Comecei então a preferir deus.
Em partes. Era tudo um teste.

Percebendo que a reza era nada menos do que uma forma carinhosa de pedir coisas ao papai do céu,resolvi arriscar.

Em todas as orações pedia a solene, a majestosa, a rainha das rainhas: A BONECA GLUB GLUB!

O nome dela era quase sagrado. GLUB GLUB era uma deusa para mim. Talvez a maior deusa que já me impôs algum respeito - Depois do canalha do papai Noel, claro.

Eu era volúvel, pedia a GLUB GLUB nas orações noturnas mas pedia também para minha mãe, para minhas tias, para os trevos de 4 folhas que achava na rua, nos pedidos das minhas fitinhas do bonfim... Enfim.

Se eu não ganhasse a Glub Glub seria um grande azar. Azar para o mundo é claro. De tanta decepção me transformaria, sei lá, num daqueles monstros gigantes dos Powers Ranges que saem por ai destruindo a cidade.

O futuro da humanidade estava salvo porque no natal de 95 eu ganhei a Glub Glub.
Começava então minha Era D.GG (depois da Glub Glub).

Não foi deus que me deu a Glub Glub, mas sei lá, ele podia ter ajudado de alguma forma. Resolvi levar isso em consideração e me tornei católica.

Ler só esse ultimo parágrafo isoladamente me torna uma pessoa totalmente fora dos padrões.Enfim, vale lembrar que minha mãe é espírita, mas não resolveu não impor nada para mim e meu irmão. Não fomos batizados quando nascemos e nem passamos por nenhum outro ritual religioso.
Tivemos a liberdade de escolher o que seriamos e em que acreditaríamos.

Minha família é em maioria católica, quando ‘resolvi’ ser católica minha tia me levou as pressas para batizar. Batizei com 13 anos. Eu e meu irmão.

Meu batizado é o tipo de experiência que queria deletar da minha mente. Ninguém batiza quando já sabe andar. Só bebes são batizados. Crianças não.


Fiz até a primeira comunhão. Pra falar a verdade o que mais me incentivava a seguir em frente com essa coisa toda de catolicismo era só uma coisa:

COMER UMA HOSTIA

Isso deve ser pecado, sei lá, quase tudo é pecado. Meu único propósito era comer uma hóstia, sempre quis saber o gosto daquilo.

Esse desejo me levava para frente, me fazia levantar todos os sábados de manha e ir para a igreja aprender sobre a bíblia.

HOSTIA, HOSTIA, HOSTIA

Repetia internamente como um mantra.

A primeira comunhão superou minhas expectativas. A hóstia veio embebida em vinho. Nunca tinha tomado vinho. Cara, que delicia a combinação.


Pronto. Já havia experimentado a hóstia e minha vida tinha perdido o sentido novamente. Precisava de algo novo...

Foi então que meu pai me levou a uma igreja evangélica. Ele não era evangélico nem ninguém que eu conhecia. Fui para conhecer. Não gostei. Pra falar a verdade nem me lembro como foi. Nada me marcou e por isso precisava encontrar um sentido para a minha vida em outro lugar.

E então fui a um centro espírita.
Gostei...Fui ficando...Ficando...Fiquei por uns 9 anos.Lia vários livros espíritas pelo prazer de ler, o que tinha neles era conseqüência.

Fiquei pela curiosidade. E até concordava com boa parte dos preceitos. Boa parte, não todos.

Agora não acredito em deus – nem em papai Noel. Acredito no bem. Fazer o bem é minha religião.

Mas todo esse post é só para perguntar: alguém sabe onde posso comprar hóstias?

29 de julho de 2010

Boris Boris...

Assistindo por acaso o jornal da Band fiquei assustada ao ver Boris Casoy lá.

Ele nao foi expulso do mundo depois disso?



O que mais me chamou atenção é que depois de toda reportagem Casoy comenta a matéria,como se tivesse alguma credibilidade.É de chorar

Eu nao sei você,brasileiro, mas eu só consegui pensar nesse filme: